segunda-feira, 3 de novembro de 2025

cha verde

 

Chá Verde: Um Elixir Natural para a Saúde

O chá verde, bebida milenar oriunda da planta Camellia sinensis, transcende a simples função de hidratação, sendo reconhecido globalmente como um poderoso aliado da saúde e do bem-estar. Seus benefícios são amplamente atribuídos à sua composição rica em compostos bioativos, em especial as catequinas, como a epigalocatequina-3-galato (EGCG), e a presença de cafeína e L-teanina.

Um dos seus efeitos mais conhecidos é o auxílio no controle de peso. Graças à cafeína, o chá verde atua como um termogênico natural, acelerando o metabolismo e aumentando o gasto energético, o que pode favorecer a queima de gordura. Além disso, a sua ação diurética contribui para a redução do inchaço e da retenção de líquidos.

As catequinas conferem à bebida um poder antioxidante e anti-inflamatório notável. Estes compostos combatem os radicais livres, prevenindo o estresse oxidativo e o envelhecimento precoce da pele, além de fortalecerem o sistema imunológico. Essa proteção celular também se estende à saúde cardiovascular, ajudando a regular os níveis de colesterol LDL ("ruim"), melhorar o fluxo sanguíneo e controlar a pressão arterial, fatores cruciais na prevenção de doenças do coração.



No campo da saúde neurológica, o chá verde também demonstra resultados promissores. A combinação de cafeína e L-teanina promove um estado de alerta relaxado, melhorando o foco, a concentração e a função cerebral, sem a ansiedade frequentemente associada ao consumo isolado de cafeína. As propriedades neuroprotetoras das catequinas são ainda estudadas na prevenção de doenças neurodegenerativas como o Alzheimer e o Parkinson.

Ademais, o chá verde colabora para a saúde bucal, combatendo bactérias, e tem sido associado à prevenção de certos tipos de câncer e ao controle da glicose no sangue.

Incluir o chá verde na rotina, com moderação e um estilo de vida saudável, é um passo simples e eficaz para colher esses múltiplos benefícios.

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Saúde nacional

do expressão de Miguel Couto (apud Britto, 1995: 23), presidente da Academia
Nacional de Medicina, de lançar uma "cruzada da medicina pela
pátria"; ao médico cabia substituir a autoridade governamental, ausente na
maior parte do território nacional. Nessa cruzada, fazia-se sentir a crítica à
oligarquização da República, especialmente ao princípio da autonomia estadual,
que impedia uma ação coordenada, em nível federal, capaz de promover
o combate às epidemias e endemias e melhorar as condições de saúde
da população. 


A campanha sensibilizou progressivamente nomes expressivos  cha
das elites intelectuais e políticas do país e teve como um dos marcos mais
significativos a criação da Liga Pró-Saneamento do Brasil, em fevereiro
de 1918, em sessão pública na Sociedade Nacional de Agricultura. A
leitura da ata da fundação demonstra o interesse em reunir nomes expressivos
nos meios militares, entre os engenheiros, médicos e advogados, 
além de parlamentares e do próprio presidente da República,
Wenceslau Braz, que ocupou o cargo de presidente honorário. Miguel
Couto, Carlos Chagas Juliano Moreira, Rodrigues Alves, Clovis Bevilacqua,
Epitácio Pessoa,11 Pedro Lessa, Aloysio de Castro12 e Miguel Calmon integravam
o conselho supremo da associação. Um dado interessante consistiu
na formação de delegações regionais em vários estados e na designação
do então coronel Cândido Rondon para presidir a delegação de
Mato Grosso (Saúde, 1918, n. 1). Ainda que congregasse tantos nomes de expressão, apresentandose
como um movimento de caráter amplo, orientado por um nacionalismo
que queria resgatar as "coisas nacionais" e livrar o país dos males representados
pela doença, a campanha do saneamento enfrentou vários obstáculos,
não conseguindo aprovar no Congresso Nacional uma de suas principais
11 Presidente da República no quinquênio seguinte, Epitácio Pessoa ocupava na época o cargo de senador.
12 Aloysio de Castro era o diretor da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Miguel Couto, presidente da

Academia Nacional de Medicina àquela época, foi eleito presidente do conselho supremo. Na prática, a Liga
Pró-Saneamento foi dirigida pelo diretor-presidente do diretório executivo, o higienista Belisário Penna.
propostas: a criação do Ministério da Saúde.13 A solução para uma maior
centralização das ações sanitárias no âmbito federal ocorreu em 1920, com
a criação do Departamento Nacional de Saúde Pública, dirigido desde sua
fundação até 1926 pelo cientista Carlos Chagas.